O tradicionalismo movimenta no Rio Grande do Sul,
anualmente, cerca R$ 1 bilhão. A informação é do Movimento Tradicionalista
Gaúcho e da Fundação Cultural Gaúcha.
Segundo o presidente, Manoelito Savaris, um estudo foi
realizado com o objetivo de mensurar o impacto financeiro e econômico do
cultivo das tradições. Foram levados em consideração gastos com manutenção dos
CTGs e atividades artísticas, campeiras, de formação e lazer/entretenimento.
O ponto de partida foram os CTGS, que somam 1.700 no Rio
Grande do Sul, bem como DTGs, piquetes e outras entidades formalmente
instaladas. O cadastro do MTG identificou mais de 700 mil associados, ou seja,
pessoas que estão diretamente envolvidas. “Evidentemente, os números a que
chegamos não são estanques, uma vez que existem as compras pontuais, até mesmo
por impulso, principalmente em eventos que recebem a sociedade de modo geral,
como os acampamentos farroupilhas, desfiles e outros”, afirma.
Alguns dos números mais expressivos estão relacionados à
indumentária. Estima-se que, anualmente, sejam gastos cerca de R$ 150 milhões
na aquisição de pilchas para homens, mulheres e público infantil. Com lazer
(rodeio, baile e outras festividades), R$ 158 milhões. Os gastos com animais
(cavalo, encilha, transporte) chegam a R$ 342 milhões. Outros valores, como
erva-mate, cuia, bomba, etc, chegam a R$ 176 milhões.
Segundo o estudo, o tradicionalismo gere 20 mil empregos
diretos e 100 mil empregos indiretos, nas indústrias de pilchas, encilha,
ração, produção fonográfica, segurança, energia, sonorização, conjuntos
musicais, etc.