quarta-feira, 8 de abril de 2015

Mormo em Santa Catarina


A notícia foi repassada pela própria Amures na manhã desta quarta-feira (08) através da coletiva de imprensa para anunciar o cancelamento da parte campeira da programação da X Festa da Paçoca em Capão Alto depois da confirmação de um foco de “mormo”, doença infectocontagiosa especialmente de equinos, no município de São Cristóvão do Sul e que levou as autoridades sanitárias do Estado a determinar o cancelamento de todos os eventos que envolvam cavalos em Santa Catarina. A doença é grave e leva as autoridades a ficarem atentas.


Nota Técnica – Doença do Mormo. 07/04/2015 Prezados(as) Senhores(as). Tendo em vista a detecção de um equino positivo para Mormo no município de São Cristóvão do Sul, em Santa Catarina, a CIDASC reitera que as medidas necessárias para sanear o foco e controlar o trânsito de equídeos, com objetivo de impedir sua disseminação, vêm sendo adotadas. O Mormo é uma doença infectocontagiosa provocada pela bactéria Burkholderia mallei, pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira é mais comum em asininos e muares e a forma crônica acomete mais os equinos. Na forma aguda, os sintomas apresentados pelos animais são: febre, prostração, fraqueza e anorexia; surgimento de pústulas na mucosa nasal que podem evoluir para úlceras profundas gerando uma descarga purulenta, tornando-se sanguinolenta posteriormente; formação de abscessos nos linfonodos, podendo comprometer o aparelho respiratório causando dispneia. Já a forma crônica acomete a pele, fossas nasais, laringe, traqueia, pulmões e lesões cutâneas, mais brandas que na forma aguda1 . Trata-se, ainda, de uma importante zoonose, cuja letalidade dos casos clínicos humanos é alta. A infecção humana ocorre por contato com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como através de objetos contaminados. A via de penetração do agente no ser humano envolve a pele e mucosas nasal e ocular. As pessoas que mantiverem contato com animais suspeitos ou positivos devem procurar os serviços de saúde pública2 . O Mormo está presente na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial da Instrução Normativa/MAPA nº 50, de 24/09/2013. Toda suspeita de Mormo deve ser notificada imediatamente à CIDASC para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes. As ações de prevenção e controle da doença estão previstas na Instrução Normativa nº 24, de 05 de abril de 2004, publicada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. Para o trânsito de equídeos, passa a ser obrigatória a apresentação de exame negativo de mormo, realizado por médico veterinário autônomo cadastrado junto à CIDASC, nas seguintes situações: a. Emissão de GTA para trânsito interestadual de equídeos originários de Santa Catarina e destinados a qualquer Unidade da Federação, para qualquer finalidade. 1 _ Mota R.A. 2006. Aspectos etiopatológicos, epidemiológicos e clínicos do mormo. Vet.b. Emissão de GTA para o trânsito intraestadual de equídeos, originários de Santa Catarina e destinados à participação em eventos com aglomerações de animais em Santa Catarina. c. Ingresso de equídeos, originários de qualquer Unidade da Federação e destinados a Santa Catarina, para participação em eventos com aglomerações de animais. O prazo de validade dos exames deve ser atentamente observado. Os proprietários interessados em realizar os exames em seus animais devem procurar o escritório da CIDASC para mais informações. O papel dos diversos setores da agropecuária, incluindo médicos veterinários, zootecnistas, criadores, promotores de eventos para equídeos ou qualquer cidadão, é fundamental para a prevenção, detecção precoce e contenção da doença. No caso de ocorrência da doença, a rápida detecção de animais doentes ou infectados é importante para evitar sua disseminação. A CIDASC coloca-se à disposição e conta com participação e colaboração de todos. Cordialmente, Enori Barbieri Presidente da CIDASC Gécio Humberto Meller Diretor Técnico CIDASC

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