A notícia foi repassada pela própria Amures na manhã desta
quarta-feira (08) através da coletiva de imprensa para anunciar o cancelamento
da parte campeira da programação da X Festa da Paçoca em Capão Alto depois da
confirmação de um foco de “mormo”, doença infectocontagiosa especialmente de
equinos, no município de São Cristóvão do Sul e que levou as autoridades
sanitárias do Estado a determinar o cancelamento de todos os eventos que
envolvam cavalos em Santa Catarina. A doença é grave e leva as autoridades a
ficarem atentas.
Nota Técnica – Doença do Mormo. 07/04/2015 Prezados(as)
Senhores(as). Tendo em vista a detecção de um equino positivo para Mormo no
município de São Cristóvão do Sul, em Santa Catarina, a CIDASC reitera que as
medidas necessárias para sanear o foco e controlar o trânsito de equídeos, com
objetivo de impedir sua disseminação, vêm sendo adotadas. O Mormo é uma doença
infectocontagiosa provocada pela bactéria Burkholderia mallei, pode
apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira é mais comum em
asininos e muares e a forma crônica acomete mais os equinos. Na forma aguda, os
sintomas apresentados pelos animais são: febre, prostração, fraqueza e
anorexia; surgimento de pústulas na mucosa nasal que podem evoluir para úlceras
profundas gerando uma descarga purulenta, tornando-se sanguinolenta
posteriormente; formação de abscessos nos linfonodos, podendo comprometer o
aparelho respiratório causando dispneia. Já a forma crônica acomete a pele,
fossas nasais, laringe, traqueia, pulmões e lesões cutâneas, mais brandas que
na forma aguda1 . Trata-se, ainda, de uma importante zoonose, cuja letalidade
dos casos clínicos humanos é alta. A infecção humana ocorre por contato com
secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como através de objetos
contaminados. A via de penetração do agente no ser humano envolve a pele e
mucosas nasal e ocular. As pessoas que mantiverem contato com animais suspeitos
ou positivos devem procurar os serviços de saúde pública2 . O Mormo está
presente na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário
Oficial da Instrução Normativa/MAPA nº 50, de 24/09/2013. Toda suspeita de
Mormo deve ser notificada imediatamente à CIDASC para que sejam adotadas as
medidas sanitárias pertinentes. As ações de prevenção e controle da doença
estão previstas na Instrução Normativa nº 24, de 05 de abril de 2004, publicada
pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. Para o trânsito
de equídeos, passa a ser obrigatória a apresentação de exame negativo de mormo,
realizado por médico veterinário autônomo cadastrado junto à CIDASC, nas
seguintes situações: a. Emissão de GTA para trânsito interestadual de equídeos
originários de Santa Catarina e destinados a qualquer Unidade da Federação,
para qualquer finalidade. 1 _ Mota R.A. 2006. Aspectos etiopatológicos,
epidemiológicos e clínicos do mormo. Vet.b. Emissão de GTA para o trânsito
intraestadual de equídeos, originários de Santa Catarina e destinados à
participação em eventos com aglomerações de animais em Santa Catarina. c.
Ingresso de equídeos, originários de qualquer Unidade da Federação e destinados
a Santa Catarina, para participação em eventos com aglomerações de animais. O
prazo de validade dos exames deve ser atentamente observado. Os proprietários
interessados em realizar os exames em seus animais devem procurar o escritório
da CIDASC para mais informações. O papel dos diversos setores da agropecuária,
incluindo médicos veterinários, zootecnistas, criadores, promotores de eventos
para equídeos ou qualquer cidadão, é fundamental para a prevenção, detecção
precoce e contenção da doença. No caso de ocorrência da doença, a rápida
detecção de animais doentes ou infectados é importante para evitar sua
disseminação. A CIDASC coloca-se à disposição e conta com participação e
colaboração de todos. Cordialmente, Enori Barbieri Presidente da CIDASC Gécio
Humberto Meller Diretor Técnico CIDASC
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